Em momento conturbado por conta da saída do astro argentino Lionel Messi para o Paris Saint-Germain (PSG), o presidente do Barcelona, Joan Laporta, concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (16) para falar sobre a situação do clube. Na ocasião, aproveitou para rebater a carta escrita pelo ex-mandatário Josep Maria Bartomeu, em que critica a atual gestão.
"Ele diz que perdoamos Neymar em 16,7 milhões de euros. Outra mentira. Não é verdade. Lembrava-lhe dos estragos que o caso Neymar fez à imagem e à economia. Foram muitas mentiras. A diretoria de Bartomeu fez uma pacto vergonhoso e interessado na acusação em que o Barça foi condenado pela primeira vez na história por dois crimes fiscais. Em troca, o Sr. Bartomeu e (Sandro) Rosell foram inocentados de responsabilidade e o Barça pagou uma multa de 5,5 milhões de euros (R$ 34 milhões)", contou.
Em momento conturbado por conta da saída do astro argentino Lionel Messi para o Paris Saint-Germain (PSG), o presidente do Barcelona, Joan Laporta, concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (16) para falar sobre a situação do clube. Na ocasião, aproveitou para rebater a carta escrita pelo ex-mandatário Josep Maria Bartomeu, em que critica a atual gestão.
"Ele diz que perdoamos Neymar em 16,7 milhões de euros. Outra mentira. Não é verdade. Lembrava-lhe dos estragos que o caso Neymar fez à imagem e à economia. Foram muitas mentiras. A diretoria de Bartomeu fez uma pacto vergonhoso e interessado na acusação em que o Barça foi condenado pela primeira vez na história por dois crimes fiscais. Em troca, o Sr. Bartomeu e (Sandro) Rosell foram inocentados de responsabilidade e o Barça pagou uma multa de 5,5 milhões de euros (R$ 34 milhões)", contou.
"Tivemos três ações trabalhistas judiciais com Neymar. Há uma quarta ação judicial que quando Neymar pede a indenização, o Barça impõe ação cível no valor de 10,2 milhões de euros (R$ 63,1 milhões) e Neymar ganha a declinação. A ação tem que ir para a jurisdição do trabalho onde foi prescrito por falta de ação de a direção de Bartomeu", prosseguiu.
No final do mês passado, o Barcelona anunciou ter chegado a um acordo "amistoso" com o brasileiro na Justiça por questões trabalhistas e civis, encerrando assim os quatro processos movidos entre as partes nas esferas judiciais. Em carta, Bartomeu afirma que, para isso ser possível, atual gestão de Laporta teria perdoado o atacante.
CONTRATAÇÕES RUINS
Ainda em relação ao brasileiro, Laporta citou a "desastrosa" política esportiva do clube sob o comando de Bartomeu, que gastou de forma desproporcional os 222 milhões de euros (R$ 819 mi na cotação da época) pagos pelo PSG para contratar Neymar.
"A política esportiva tem sido desastrosa. Desde que Neymar foi vendido por 222 milhões de euros, gastaram desproporcionalmente e na velocidade da luz. Isso desencadeia salários e amortizações. E aí estamos nós. A prova é que o esporte não nos fez bem. Eles tinham que mudar o modelo e acreditar em La Masia (local das categorias de base)", finalizou.
O meia brasileiro Coutinho custou R$ 620 milhões aos cofres do Barcelona Foto: AFPDurante este período, e sob a gestão de Bartomeu, o clube catalão fez contratações de cifras elevadas e trouxe jogadores como os franceses Dembélé e Antoine Griezmann e ainda o meia brasileiro Philippe Coutinho, que apesar do alto investimento ainda não corresponderam às expectativas e só aumentaram a dívida do Barcelona.
DÍVIDA BILIONÁRIA
Laporta, que assumiu o clube em março deste ano, resolveu detalhar a situação econômica do clube nesta segunda-feira (16). Na coletiva, destacou que o Barcelona chegou a ter dívida total de 1,3 bilhão de euros (R$ 8 bilhões).
"Eles (gestão passada) apresentaram um orçamento com hipóteses difíceis de cumprir. Várias delas não foram cumpridas. E portanto o orçamento deu menos de 320 milhões de euros para a temporada 2020-2021. Provoca uma situação econômica e patrimonial preocupante, situação financeira dramática. Em 21 de março de 2021, a dívida era de 1,35 bilhão de euros", disse.
Laporta disse que, assim que assumiu o clube, pediu um empréstimo de 80 milhões de euros a um grande banco para poder arcar com a folha de pagamento do clube. E que a gestão iniciou um processo para tentar baixar juros de outros empréstimos, além de interromper "pagamentos desproporcionais" a intermediários por transferências.
O mandatário destacou que a política salarial que vinha sendo adotada no Barcelona levou à situação atual, indicando que os vencimentos hoje ocupam 103% do faturamento do clube. "É uma pirâmide invertida, na qual os veteranos têm contratos longos, e os jovens contratos curtos. E é difícil renegociar contratos. Essas reduções salariais que os gestores anteriores se vangloriaram, uma redução de 68 milhões, mas na realidade não é redução porque a encontramos como bônus de rescisão", finalizou.
AUTOR: DN