O carioca Guilherme Costa, mais conhecido no meio esporte pela alcunha de Cachorrão, encerrou a temporada de 2019 como mais emergente nadador brasileiro.
No início de dezembro, o atleta de 21 anos estabeleceu três novos recordes sul-americanos (400m, 800m e 1.500m livre) em apenas quatros dias durante o Campeonato Americano disputado em Atlanta, na Geórgia.
Mais do que as marcas em si, impressionou a melhora que Cachorrão impôs em cada uma das distâncias.
Mais do que as marcas em si, impressionou a melhora que Cachorrão impôs em cada uma das distâncias.
Nos 400m, anotou 3min46s57, quase um segundo e meio mais rápido do que o registro anterior (3min47s99, de Fernando Scheffer); nos 800m, fez 7min47s37, tempo quase quatro segundos mais veloz que o predecessor (7min50s92, que por sinal era seu); e, nos 1.500m, três segundos e meio mais rápido que seu recorde prévio (14min55s49 x 14min59s01).
- O que consegui nos EUA me deu muita confiança e muito mais vontade de treinar.
- O que consegui nos EUA me deu muita confiança e muito mais vontade de treinar.
Vi que as coisas estão dando certo. E o melhor é que era uma competição curta e eu nadei bem todos os dias.
No dia dos 1.500m, por exemplo, eu estava bem cansado e ainda assim bati o recorde sul-americano - disse em entrevista ao GloboEsporte.com.
Guilherme Costa no Campeonato Americano, em dezembro Foto: Kevin C. Cox/Getty Images
Cachorrão credita parte da bem-sucedida passagem pelo torneio americano a um período de treinamentos feito na cidade de Flagstaff, no Arizona.
Cachorrão credita parte da bem-sucedida passagem pelo torneio americano a um período de treinamentos feito na cidade de Flagstaff, no Arizona.
E outra parte a uma mudança de estratégia feita por ele e seu treinador, Rogério Karfunkelstein: não diminuir o volume de treinamento antes das competições. Pode parecer bobagem, mas para o nadador manter uma alta "rodagem" até os dias que antecedem um importante certame cai melhor do que descanso.
Ele cita, por exemplo, as participações no Campeonato Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, em julho passado, e nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto. O nadador teve duas semanas de ritmo menos intenso de treinos e acredita que pagou o preço por isso.
- No Mundial, eu pedi [a Karfunkelstein] para testar um descanso maior e acabou que não deu certo. Para o Pan foi difícil recuperar - disse o fundista, que desde 2017 está em todas as seleções nacionais.
De fato, em Gwangju o desempenho ficou bem abaixo do esperado: Cachorrão foi apenas o 25º nas eliminatórias dos 1.500m (com 15min20s73, mais de 21 segundos mais lento que seu melhor à época) e somente o 21º nos 800m livre (7min58s67, sete segundos acima do seu recorde continental).
No Pan, mais calibrado, o nadador obteve uma medalha de ouro nos 1.500m, mas com um tempo dez segundos mais lento que seu melhor.
- Eu preciso de volume. Depois que vi que estava sem explosão no Mundial, tive que subir muito o volume para o Pan. Testamos agora deixar [o volume de treinos] alto e deu certo.
Ele cita, por exemplo, as participações no Campeonato Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, em julho passado, e nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto. O nadador teve duas semanas de ritmo menos intenso de treinos e acredita que pagou o preço por isso.
- No Mundial, eu pedi [a Karfunkelstein] para testar um descanso maior e acabou que não deu certo. Para o Pan foi difícil recuperar - disse o fundista, que desde 2017 está em todas as seleções nacionais.
De fato, em Gwangju o desempenho ficou bem abaixo do esperado: Cachorrão foi apenas o 25º nas eliminatórias dos 1.500m (com 15min20s73, mais de 21 segundos mais lento que seu melhor à época) e somente o 21º nos 800m livre (7min58s67, sete segundos acima do seu recorde continental).
No Pan, mais calibrado, o nadador obteve uma medalha de ouro nos 1.500m, mas com um tempo dez segundos mais lento que seu melhor.
- Eu preciso de volume. Depois que vi que estava sem explosão no Mundial, tive que subir muito o volume para o Pan. Testamos agora deixar [o volume de treinos] alto e deu certo.
A chave é não diminuir tanto.
No máximo, quatro dias antes - afirmou.
Guilherme Costa comemora ouro nos 1.500m no Pan de Lima Foto: REUTERS/Pilar Olivares
Cachorrão nada 16 quilômetros por dia, oito em cada período, nos treinos que faz no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio. Em determinadas semanas, chega a rodar cem quilômetros. É essa a média que quer manter para ir aos Jogos Olímpicos.
- Eu coloquei na minha cabeça que essa é a hora de crescer. E agora deu certo. Eu acho que já estava pronto havia muito tempo para esses resultados. Mas simplesmente não conseguia tirar. Com os treinamentos em altitude que fiz, me senti muito bem. Agora estou mais próximo dos melhores do mundo de novo. Nos 800m, eu já estou mais próximo da elite. Nos 400m eu me surpreendi um pouco, melhorei muito rápido. Em termos de finais e medalhas, estou mais próximo nessas duas - disse.
Na melhor fase de sua carreira, Cachorrão agora mira na seletiva olímpica que ocorrerá no final de abril e definirá a equipe brasileira que vai a Tóquio 2020. O local onde ela será realizada ele conhece bem. Será o Parque Aquático Maria Lenk, onde treina diariamente.
- Eu primeiro quero classificar para a minha primeira Olimpíada. Aí, lá em Tóquio, quero a final. Depois, na final, é partir para lutar pela medalha. Se eu conseguir evoluir tudo o que posso, sei que consigo - concluiu.
Cachorrão nada 16 quilômetros por dia, oito em cada período, nos treinos que faz no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio. Em determinadas semanas, chega a rodar cem quilômetros. É essa a média que quer manter para ir aos Jogos Olímpicos.
- Eu coloquei na minha cabeça que essa é a hora de crescer. E agora deu certo. Eu acho que já estava pronto havia muito tempo para esses resultados. Mas simplesmente não conseguia tirar. Com os treinamentos em altitude que fiz, me senti muito bem. Agora estou mais próximo dos melhores do mundo de novo. Nos 800m, eu já estou mais próximo da elite. Nos 400m eu me surpreendi um pouco, melhorei muito rápido. Em termos de finais e medalhas, estou mais próximo nessas duas - disse.
Na melhor fase de sua carreira, Cachorrão agora mira na seletiva olímpica que ocorrerá no final de abril e definirá a equipe brasileira que vai a Tóquio 2020. O local onde ela será realizada ele conhece bem. Será o Parque Aquático Maria Lenk, onde treina diariamente.
- Eu primeiro quero classificar para a minha primeira Olimpíada. Aí, lá em Tóquio, quero a final. Depois, na final, é partir para lutar pela medalha. Se eu conseguir evoluir tudo o que posso, sei que consigo - concluiu.
AUTOR: GE
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